​A necessidade em abordar temas de complexidade ambiental decorrem não só da preocupação inerente da sociedade moderna, mas também da urgência em mudar nossos hábitos e padrões de desenvolvimento. Decorrente disto, podemos definir Educação Ambiental (EA) como os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

 

Desde 2010, a sociedade brasileira vem desenvolvendo políticas públicas que direcionam nossa comunidade em prol de atividades que ofereçam menos risco ao meio ambiente. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS - Lei no12.305) é o exemplo mais presente de medidas públicas que estabelecem um conjunto de práticas mais sustentável. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, para que aconteça a interação entre a escola e a comunidade é preciso buscar formas para que a escola esteja mais presente no dia-a-dia da comunidade e também o inverso. Nesse contexto, o projeto de extensão “Saúde do lixo” vem desenvolvendo ações efetivas com a comunidade de Xerém e, o presente trabalho, objetiva-se a construir, aliado a gestão das instituições públicas de ensino, um conjunto de atividades institucionais e pedagógicas que funcionem como ferramentas práticas de EA.

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A anos o projeto “Saúde do Lixo” tenta construir, em Xerém, ações práticas que transformem a problemática do desperdício utilizando da educação ambiental nas escolas públicas como força motriz de transformação. Neste contexto enfrentamos o desafio proposto com medidas intensivas nas salas de aula e, de maneira teórica, mostramos a nossos alunos as consequências ambientais de nossos atos. Referir-se a problemas ambientais citando casos externos a realidade da escola pode levar os alunos a interpretar que não estão sendo diretamente atingidos, sendo que, na realidade, enfrentamos consequências ambientais diariamente. Escolas descartam Resíduos Orgânicos (RO) diariamente, sofrem da carência de produtos de limpeza, intempéries naturais, dentre outros. Soluções institucionais para este problemas podem refletir não só uma ferramenta lúdica de aprendizado como também uma redução efetiva nos custos de manutenção da instituição de ensino. A vermicompostagem de resíduos da cantina pode, por exemplo, produzir insumos para alimentar uma pequena horta. A produção não só retroalimenta a cantina com alimentos saudáveis, como também permite a compreensão de conceitos profundos de ecossistemas, desenvolvimento vegetal e outros. Outras medidas como a coleta de óleo sistemática de toda comunidade permite trocar os resíduos por materiais de limpeza.