Lixo eletrônico

A geração de resíduos eletrônicos configura-se como um dos maiores impactos ocasionado pelo avanço tecnológico no mundo globalizado. Segundo a ABRELPE, em 2016 cerca de 44,7 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos foram descartados no mundo, entretanto, para 2021 especialistas preveem um crescimento de 17% que totalizará o descarte de aproximadamente 52,2 milhões de toneladas. O lixo eletrônico, ou E-lixo, é caracterizado como de alta periculosidade ao meio ambiente por apresentar em sua composição metais pesados, como: mercúrio, chumbo, cádmio, cobre, alumínio, entre outros e, seu descarte irregular impetra impactos ao solo, fauna, flora e a saúde pública. Dessa forma, ao ser destinado para lixões ou aterros sanitários, as substâncias químicas presentes nesses resíduos, podem se infiltrar no solo e nos lençóis freáticos causando danos desastrosos. Trazendo esse parâmetro para às américas, em 2018 o Brasil tornou-se o segundo maior gerador de lixo eletrônico, sendo apenas 2% desse resíduo encaminhado para reciclagem. Desde 2014, com a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a logística reversa foi estabelecida tornando a responsabilidade da destinação adequada de equipamentos elétricos ou eletrônicos às empresas produtoras (Brasil, 2010). O subprojeto “E-lixo não É lixo” é uma ramificação dentro do projeto saúde do lixo que visa a conscientização desses resíduos e seus impactos. Aplicando aulas teóricas, práticas, oficinas e desenvolvimentos de jogos educativos tendo como público-alvo atualmente, as escolas municipais e a associação de moradores de Xerém, Duque de Caxias, RJ. Diante disso, considerando os princípios estabelecidos pela PNRS o objetivo do subprojeto é salientar a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta um conjunto de instrumentos voltados a prática de hábitos de consumo sustentável. Uma das atividades abordada é a reutilização de E-lixo para a confecção de instrumentos educativos que relacione a conscientização ambiental e as disciplinas da ementa do ensino público brasileiro. Essa transversalidade do ensino, é realizada a partir de um modelo educacional confeccionado com sucatas de DVD para turmas de educação infantil em aulas de alfabetização. A fim de propiciar o aumento da reciclagem e da conscientização sobre a destinação ambientalmente adequada desses resíduos.